A Luz na pele e o Caos

A Luz na pele e o Caos

Há uns 15 anos atrás várias pessoas ficaram curiosas e motivadas para saber até onde avançava o projeto Genoma Humano. No Brasil, cientistas experientes receberam apoio de entidades diversas e tiveram as suas descobertas apresentadas à sociedade afluente, estudada e com maior nível de escolarização. Todo o resto ficou no escuro da caverna, olhando as sombras refletidas e rezando, cada um com seus interesses. Há, portanto, segredos individuais e pessoais a serem desvelados.

Redação

São Paulo, 13/07/2022.

Alguns Minutos.

PROTEOMA – Um passo à frente! Claro que o interesse por Ciência motivou estas pessoas a procurarem se informar, a tomar conhecimento da evolução daquilo que se convencionou de ” a descoberta da linguagem da vida“, o ‘código secreto da vida, de Deus‘ etc…

Pois bem, a ovelha Dolly, foi um dos experimentos mais marcantes e divulgados destas expedições humanas dentro de laboratórios, experiências, que geraram e ainda promovem inúmeras discussões no terreno da Bioética. As religiões mais conservadoras ficaram de cabelo em pé. Os tradicionalistas pularam da cama e pegaram as suas armas. “O mundo está perdido!” Bradaram. Chamem o papa!

Sim, de fato. Mas, já estava perdido antes, na segunda guerra com Hitler e seus aliados. As pesquisas do indefectível nazista Dr. Mengele já avançavam na direção da pureza da raça, da geração de super homens e mulheres alemães para criar um novo mundo de eugênios. E mesmo se voltarmos ainda mais no tempo histórico, descobriremos intenções curiosas e aberrações cinematrográficas que geraram as figuras mitológicas metade humana, metade cavalo e boi, centauros e minotauros, esfinges enigmáticas, hoje paradigmáticas chocando-se com os resultados dos jogos e interações entre deuses e seres naturais.

Um grande negócio – Empresas norte-americanas como a Celera receberam grandes volumes de recursos do estado e de consórcios particulares, criando IPOs nas bolsas de valores e mercados para aceleraram os processos, e com o avanço da tecnologia e dos supercomputadores chegaram bem longe. Tem muita especulação no mercado (a economia gira, quase que independentemente da vontade humana, mas para poder ser entendida lançou mão de ciências mais sérias para explicar o fluxo), e por isso a (des)informação ocupa espaços enormes. Veículos e meios que debatam a Ciência de forma adequada orientados a um público leigo, porém interessado (estudantes na base, por exemplo), são raros. Há chiados nas comunicações, e como num grande pântano, todos fazem ruídos querendo chamar a atenção para si. Este motor não para!

A Luz na pele e o Caos
Sequenciamento do DNA. Revolução ou evolução? (Img. Web)

A ideia do projeto Celera – Genoma Humano – era revelar o código do DNA humano, ler as sequências protéicas que formavam a aquelas espirais cruzadas, cromossômicas, o X e Y da vida. AGCT (adenina, guanina, citosina ou timina) era o bloco que desfilava na avenida com grande alarido atraindo pessoas (apostadores e investidores na maioria) para o novo boom da ciência. Atualmente chegamos no patamar das análises mais profundas do sequenciamento genético do DNA: as cadeias proteicas foram sendo abertas em seus liames decodificados.

Estamos no nível Proteoma humano – ou seja quais são, porque e como agem no nosso organismo as proteínas que formam o TGCA, o código que sustenta a nossa vida neste planeta sob as condições necessárias e suficientes que ele nos oferece. A saber, o caldo químico, físico e derivações consequentes, material, aparente e inaparente, no nível “etéreo”, inapreensível, daquilo que ainda não alcançamos.

A interação dos níveis de conhecimento é gigantesca, mal nos acostumamos à descoberta de que estamos cercados de buracos negros (a relação com o fim do oceano e do mundo medievais serve como ilustração) e estamos em uma nave acelerada com enorme demanda e consumo de energia propulsora, até o momento poluente e não renovável (entraves políticos, econômicos e administrativos reduzem os avanços) rumo ao desconhecido, como naquelas aventuras ficcionais das séries Star Treck . Se não descobrirmos, a tempo, como evoluir sem consumir todo o estoque de energia que o planeta nos oferece, podemos acabar a viagem na metade do caminho (o universo é tempo e espaço contínuo, dizem, num fluxograma que talvez se consuma em si mesmo). A revolução verde nos trouxe a um paradoxo.

Diálogos Transsistêmicosum googol de combinações impede uma conclusão.

Estamos tentando buscar e entender as relações entre todos os fenômenos físicos, químicos, biológicos, sociais e universais num grande ciclo de continuidade integrada, para agirmos de forma correta, de olho num futuro não muito distante – 30 ou 50 anos – com a intenção de perpetuar ou estender ao máximo a aventura da espécie sobre este e outros planetas possíveis, e nossas ferramentas, embora sejam tecnologicamente avançadas, num comparativo histórico – do fogo, à roda, à energia elétrica, aos ships (milhões de anos de aprendizagem), o que nos resta e temos agora nos coloca em alerta máximo!

Alguém já deve ter pensado – cada um, individualmente, cada país, socialmente, cada bloco político-econômico-tecnológico, tem uma missão, uma parte do projeto Sobreviência Humana que extrapola os limites das Ciências ‘não humanas’. Tem lugar para todos? E a dúvida sistêmica é esta: qual é a nossa parte – Brasil – onde nos encaixamos e se estamos no caminho certo? Filosófica e pedagogicamente estamos fazendo a nossa lição de casa? Sim, porque queremos um lugar na nave, de preferência com acesso a uma fonte de luz e energia que nos permita continuar. Os riscos permanecem…

Dando um salto na formulação deste raciocínio deixo este link da revista FAPESP – com uma chamada bastante curiosa, para dar descanso ao estresse e a depressão atuais: como a Luz do Sol em nossa pela pode ser uma base do entendimento capaz de nos livrar do envelhecimento, e se a partir desta intenção vaidosa, conseguiremos avançar na autoprodução de energia suficiente para diminuirmos o consumo de alimentos, com menor agressão ao meio ambiente? Já pensou: comer só uma vez por semana, em uma quantidade condensada, sem sentir fome, nem passar necessidades? Mexe com quase tudo, certo?

https://agencia.fapesp.br/proteina-que-detecta-a-luz-pode-ter-papel-na-origem-e-na-progressao-do-melanoma-sugere-estudo/39105/

Um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.