Venenos para o bem

Venenos para o Bem

Estudo com veneno de cobra visa atacar doenças neurodegenerativas. A busca por identificar novas moléculas potencialmente empregáveis em estudos neurofarmacológicos é para desenvolver novos fármacos.

Redação

Pesquisa desenvolvida na Unoeste, junto ao Programa de Mestrado em Ciências da Saúde, obtém dados sobre potencial desenvolvimento de fármacos. Eles são princípios ativos de medicamentos para tratamento de doenças neurodegenerativas e motoras, a partir da cadeia de aminoácidos de veneno de uma espécie de cobra amazônica, conhecida como jararaca-verde, papagaia ou bico-de-papagaio.

O estudo de importante contribuição social na área da saúde foi desenvolvido pela médica Fernanda Yumi Giglio Morimoto Couceiro. E contou com a orientação do Dr. Rafael Stuani Floriano. A defesa pública da dissertação ocorreu no dia 14/03 em sala no prédio da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG), no campus 2 da Unoeste, em Presidente Prudente.

Primeiro, por ter o aporte da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Por si só isto já é um reconhecimento sobre a importância do trabalho e à trajetória do pesquisador orientador. A avaliadora interna foi a Dra. Francis Lopes Pacagnelli e a externa a Dra. Karen de Morais Zani, do Instituto Butantan.

A médica Fernanda foi elogiada pela apresentação, qualidade e estrutura da dissertação, em observações pontuais da Dra. Francis. Para a Dra. Karen, “não é em todo lugar que se encontra produção científica tão boa; com um trabalho prático, objetivo e de leitura prazerosa”.

As avaliadoras fizeram apontamentos sobre ajustes necessários à publicação de artigo científico que será submetido a revista alemã “Arquivos de Toxilogia”. A informação é do Dr. Rafael orientador ao contar que o fomento obtido da Fapesp possibilitou a instalação do Laboratório de Toxinologia e Estudos Cardiovasculares (Latec).

A dissertação recebeu o título “Caracterização estrutural e farmacológica de peptídeos isolados do veneno de Bothrops bileneatus smaragdinus (víbora amazônica) com potencial atividade moduladora da liberação sináptica motora”. Formada na Universidade Estácio de Sá (Unesa), no Rio de Janeiro, a médica Fernanda atua na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Guanabara, na zona norte da cidade. Também trabalha na Santa Casa de Misericórdia; e como preceptora de internato na Faculdade de Medicina de Presidente Prudente (Famepp/Unoeste).

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.